sexta-feira, 20 de abril de 2012

A poesia na cor do Agrupamento das Escolas de Santo Tirso

                 


Poemas e cores, atividades de pessoas, município/escolas; que realidade é esta num país em crise? É necessário parar, conhecer e ver, ver a alma de quem realiza, conhecer os contextos de quem trabalha.
    A Escola é velha, deteriorada, fria! Polivalente sombrio entrecruzado por estórias, sorrisos fugidios, jovens que crescem, professores stressados e emocionalmente fortes, encarregados de educação ansiosos em futuros incertos e, era uma vez um poema…
    Um poema de graça e de desgraça, de risos saltitantes como rios, de oxigénio em vasos comunicantes e, a criança misturou a rosa com a raposa, o azul com a bola, o branco de palhaço com o puré de batata, a sopa de nabiças com as algas do mar profundo. E, no poema da verdade misturou críticas indirectas com cores de papoilas, castanho de burel, Bandarra/adamastor, guerra da Coreia com Obama de esperança, ladrilhos Sarkosy em sfumato germânico, cores brilhantes do sul intenso de Van Gogh e… a Escola de dimensão local varreu fronteiras filosóficas de cálculos, estatísticos!
      Era uma vez um menino que sonhava, sonhava, sonhava….
     Escreveu um poema, fez um desenho no poema, coloriu o poema no desenho e, naquela noite pensou: quando for grande quero ser gente, quero ser gente pessoa, quero ter um coração na mente, quero construir um carrinho sem motor de explosão…, de sol, num mundo verde de flores azuis!

     E, naquela semana de poemas e cores – de 16 a 20 de Abril do ano da crise de 2012 – uma professora meditou nas razões que levam os professores de um agrupamento de Escolas (da Biblioteca Escolar, do pré-escolar e 1º Ciclo e dos grupos disciplinares de Línguas, EVT e Música) a serem tão persistentes, tão eficientes e tão maravilhosamente pessoas. Pessoas que agigantam sonhos de meninos e dão cor a uma Escola em crise
     Aos poetas da cor, aos teimosos do sucesso, aos ingénuos do saber, um obrigado de todos nós!



                                                                                                Zélia Souto

SEMANA DA POESIA